Estratégia orçamental "separa" Seguro do Governo
"É crítico criar mais investimento nacional e estrangeiro", sinalizou na sua intervenção esta terça-feira à tarde, durante a Lisbon Summit, em Cascais, sem responder diretamente aos apelos insistentes do primeiro-ministro que, por quatro vezes em cinco dias, pediu entendimentos com os socialistas para estabelecer "metas concretas para os saldos e para os níveis de despesa primária e corrente".
Já no período de perguntas e respostas, também sem se referir de forma explícita à sua proposta para criar um tribunal especializado para investimentos elevados, Seguro defendeu que "Portugal deve criar um ambiente amigo e propício a esse investimento", notando que o País não pode "ter a morosidade atual" na Justiça e que os contenciosos judiciais são "superiores a um milhão de euros".
"O País não pode viver com estes dados, tem de enfrentar esta situação", notou. E insistiu na necessidade de se saber "captar investimento privado e estrangeiro", para além de simplificar os procedimentos administrativos para as empresas.
Na intervenção que abriu os trabalhos desta terça-feira à tarde da conferência da revista The Economist, o líder socialista retomou as suas ideias sobre a Europa e o facto de ser insustentável viver na zona Euro com "18 políticas orçamentais completamente diferentes" e "um banco central único q não pode financiar os estados".